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Condessa

 

   

A “Bela condessa” ou “Senhora condessa” é uma das mais antigas canções de roda. Cantam-na, ainda hoje. O diálogo do romance é todo dramatizado numa roda infantil.

Foi sofrendo várias alterações “Língua de França, onde nasceu”, por “Língua de prata de Dona Alença” e em Santa Catarina a Dona Alença virou Lionença -: “Língua de prata Dona Lionença”.

 

Segue abaixo algumas versões:

Condessa Versão 01

 

 

– Aonde mora a bela Condessa,

Vinda de França, onde nasceu?

– O que queres com a bela Condessa,

Vinda de França, onde nasceu?

– Senhor Rei mandou-me aqui,

Buscar uma de vossas filhas,

Carregar você também.

– Eu não dou as minhas filhas

Nem por ouro nem por prata,

Nem por sangue de alemão

Para casar com este ladrão.

– Tão contente que eu me vinha

E tão triste já me vou,

Por causa da bela Condessa

Que sua filha me negou...

– Volte atrás, bom cavalheiro,

Por ser um homem de bem,

Subi naquele outeiro

Escolhei daquelas três:

Uma se chama Maria,

Outra se chama Guiomar,

A mais formosinha delas

Chama-se Estrela do Mar.

— Assentai aqui menina,
Para coser e bordar,
Que do Ceulhe há de vir
Uma agulha e um dedal.
O dedal será de ouro,
A agulha será de prata,
Palmatória de marfim
Para a mestra castigar.

 

 

 

Condessa Versão 02

 

 

Senhora dona condessa,
Língua de prata dona Lionença.
O rei mandou buscar
Uma das filhas para casar.

— Eu não dou as minhas filhas
Nem por ouro nem por prata
Nem por sangue de lagarta.

— Tão alegre que vim,
Tão triste que voltarei,
Pelas filhas da condessa
Que nenhuma levarei.

— Volta cá meu cavalheiro,

Escolhei destas seis
A que for mais bela
E contigo levareis.

Esta quero, esta não quero,

Esta come pão da cesta,
Bebe vinho da galheta,
Come queijo, requeijão,
Vim buscar meu coração.

 

 

 

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